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Sustentabilidade em destaque: A chegada da grande usina de energia solar a Cascavel

Segundo o site Catve, Cascavel está prestes a receber um grande impulso rumo à sustentabilidade com a chegada de uma usina de energia solar de grande porte. O projeto, liderado pelo grupo Involt Energia, promete não apenas fornecer uma quantidade expressiva de energia limpa para a região, mas também gerar oportunidades de emprego e contribuir para a redução das emissões de carbono. 

A iniciativa, além de representar um avanço significativo no campo da energia renovável, coloca Cascavel como um polo de referência na adoção de tecnologias sustentáveis.

Investimento e inovação: Cascavel se torna ponto de referência na geração de energia solar

Com um investimento significativo, a Involt Energia está colocando Cascavel no mapa da inovação verde. A usina contará com mais de 11 mil módulos fotovoltaicos em uma área extensa na zona rural da cidade, destacando-se como uma das maiores unidades de geração distribuída do Paraná. Essa iniciativa não apenas fortalece a infraestrutura energética da região, mas também atrai olhares para o potencial de crescimento econômico e sustentável da área. O projeto, alinhado com as tendências globais de energia renovável, representa um marco importante na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Usina, energia, emprego, energia solarFoto: Reprodução Engenharia 360

Emprego e progresso: Usina de energia solar como motor de desenvolvimento regional na geração de empregos

Além de fornecer energia para centenas de consumidores, a usina solar em Cascavel está gerando oportunidades de emprego diretas e indiretas. Com previsão de até 60 empregos diretos e uma cadeia de suprimentos que se estende por vários estados, o projeto não apenas impulsiona a economia local, mas também promove o desenvolvimento socioeconômico em toda a região. A iniciativa representa não apenas um avanço tecnológico, mas também um compromisso com o crescimento sustentável e a criação de empregos de qualidade.

Fonte: Nova usina de energia solar com 11.000 módulos fotovoltaicos promete abastecer uma cidade inteira e gerar novos empregos – CPG Click Petroleo e Gas

A usina solar, também chamada de parque solar ou complexo solar, é uma grande central geradora elétrica que utiliza milhares de placas fotovoltaicas ou outras tecnologias para, de forma direta ou indireta, transformar a luz do sol em eletricidade e enviá-la aos centros urbanos por meio de linhas de transmissão.

Nos últimos anos, esses grandes projeto de energia solar vêm ganhando cada vez mais espaço no mundo por apresentar diversas vantagens.

Como no Brasil, que ainda tem a maior parte da sua produção de energia oriunda de hidrelétricas e, por conta das secas rigorosas, precisa urgentemente diversificar o seu mix de geração.

Neste artigo, você irá conhecer tudo sobre as usinas solares, também muito conhecidas como parques solares, confira!

O que é usina solar?

A usina fotovoltaica (também chamada de central fotovoltaica) é um sistema de energia solar de grande porte construído para a produção e venda de energia elétrica.

usina de energia solar

A geração elétrica da usina solar vem dos painéis fotovoltaicos, que convertem a luz do sol diretamente em energia elétrica para ser vendida para a rede.

No Brasil, a energia de centrais fotovoltaicas e outras usinas elétricas é injetada e distribuída pelas regiões do país por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).

A maioria das usinas de energia solar no mundo é construída sobre o solo, mas os projetos flutuantes sobre lagos e reservatórios vêm ganhando espaço.

Geralmente, as estruturas de fixação dos painéis solares são fixas, mas existem também os chamados trackers (seguidores), sistemas que vão alternando a posição dos painéis de acordo com o deslocamento do sol para que eles estejam sempre em posição otimizada para a captação da luz.

Embora as usinas montadas em sistema de rastreamento aumentem a produção de energia elétrica, também aumentam os custos de operação e manutenção do projeto.

Como funciona uma usina solar?

A usina solar fotovoltaica funciona assim: os painéis solares produzem eletricidade, que passa por um inversor solar para converter essa energia em corrente elétrica alternada para, então, ser transmitida pelas redes de transmissão de energia e distribuída para o uso em sua casa ou empreendimento.

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Os painéis solares produzem energia elétrica em corrente contínua, portanto, eles precisam de um inversor solar para converter essa energia em corrente alternada (padrão elétrico para qualquer casa ou empresa conectada à rede no Brasil).

Os inversores entregam a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos em até 380 Volts. Para a transmissão de energia nas linhas de alta tensão, é preciso uma voltagem bem mais alta que isso, portanto, utilizam-se transformadores para elevar a tensão para 13.800 Volts, 69.000 Volts, 138.000 Volts e até acima de 230.000 Volts.

Como as usinas fotovoltaicas são geralmente instaladas em áreas isoladas e distantes, a sua energia é enviada aos centros urbanos por meio das linhas de transmissão, para, depois, atender ao consumo das casas, empresas e outros empreendimentos conectados à rede da distribuidora local.

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Quais são os tipos de usina solar?

Existem dois tipos principais de usinas solares, que diferem na tecnologia aplicada e no processo como transformam a luz em energia elétrica.

Usinas solares fotovoltaicas

Usinas fotovoltaicas são as mais populares em todo o mundo e utilizam um processo direto para converter a radiação solar em eletricidade.

A geração é feita por meio dos módulos fotovoltaicos (placas solares), que podem ser instalados em terra ou sobre a superfície de corpos d’água, a chamada usina solar flutuante.

Nos últimos anos, os painéis fotovoltaicos também vêm sendo utilizados por milhares de pessoas e empresas que desejam gerar a própria energia para fugir dos preços e aumentos das distribuidoras nos chamados micros e minigeradores fotovoltaicos para geração distribuída.

Usinas heliotérmicas ou termossolares

Por sua vez, usinas de energia heliotérmica ou termossolar fazem uso de um processo indireto para gerar energia que utiliza o calor do sol para transformar água em vapor e mover turbinas elétricas.

Nesses projetos, milhares de espelhos (chamados de coletores ou heliostatos) captam os raios solares e os direcionam a um mesmo ponto onde se encontra um recipiente com algum tipo de líquido.

Com o calor dos raios concentrados, o líquido se transforma em vapor, que alimenta as turbinas e geradores responsáveis pela produção da energia elétrica.

Ao contrário dos sistemas fotovoltaicos, a tecnologia heliotérmica está limitada aos grandes projetos centralizados devido à maior complexidade na construção e operação dos projetos.

Quantas usinas solares têm no Brasil?

Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui atualmente cerca de 18 mil usinas fotovoltaicas em operação com uma potência outorgada total de aproximadamente 9,63 GW.

Além dessas, existem também 162 usinas em fase de construção, que somam mais de 6,5 GW, e ainda 2.568 projetos não iniciados, totalizando cerca de 109 GW.

Principais usinas solares do Brasil

As principais usinas de energia solar que já estão em operação no Brasil, de acordo com a potência operacional, são:

  1.  Parque Solar Janaúba – 1,2 GWp – Janaúba (MG)
  2. Parque Solar São Gonçalo – 864 MWp – São Gonçalo do Gurguéia (PI)
  3. Complexo Solar Futura – 837 MWp – Juazeiro (BA)
  4. Complexo Sol do Cerrado – 766 MWp – Jaíba (MG)
  5. Complexo Solar Fotovoltaico Lar do Sol – 495 MWp – Pirapora (MG)

O crescimento esperado para as usinas de energia solar nos próximos anos é muito grande. Além dos projetos em construção e já contratados, as restrições ambientais, financeiras e de localização para usinas hidrelétricas, térmicas e eólicas tornam a energia solar a fonte mais atrativa para novos investimentos.

Outro impulso foi a queda nos preços dos painéis solares nos últimos anos, o que tornou a energia solar a fonte mais competitiva nos leilões de energia realizados pelo Governo Federal e para projetos no mercado livre de energia.

Desde 2013, quando a Aneel incluiu a energia solar fotovoltaica pela primeira vez em um leilão, a tecnologia apresentou uma participação crescente entre os projetos inscritos e vencedores. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a solar fotovoltaica foi a fonte renovável com os menores preços no país desde 2019.

Onde estão localizadas as usinas solares no Brasil?

Os altos índices de radiação solar no Brasil permitem um grande aproveitamento de painéis fotovoltaicos em praticamente todas as regiões do país.

Com isso, hoje as usinas solares estão presentes em 17 estados brasileiros. Segundo os dados da Absolar, os estados do Brasil com maior capacidade instalada e operacional de usinas solares são:

  1. Minas Gerais – 3.083 MW
  2. Bahia – 2.049 MW
  3.  Piauí – 1.465 MW
  4. São Paulo – 891 MW
  5. Ceará – 756 MW

A primeiro usina solar no Brasil

O parque solar de Tauá, construído em 2011, está localizada no município de Tauá, sertão do Ceará, e tem capacidade inicial para geração de 1000 kWp (1 MWp). Ela produz energia suficiente para 650 casas populares e foi a primeira central solar no Brasil a gerar eletricidade em escala comercial.

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A maior usina de energia solar no Brasil

O Complexo Solar Janaúba está localizado no norte de Minas Gerais, e é o maior parque solar do Brasil e um dos maiores da América Latina. Conforme a Elera Renováveis, a usina tem capacidade instalada de 1,2 GWp, energia suficiente para abastecer 1,8 milhão de residências, e conta com 20 parques solares em uma área de 3.069 hectares.

Com investimento de aproximadamente R$ 4 bilhões, o empreendimento foi inaugurado oficialmente em julho de 2023. Com 2,2 milhões de módulos solares, os parques ocupam uma área equivalente a 4.300 campos de futebol.

A construção de Janaúba gerou cerca de 11 mil empregos diretos e indiretos, além de investimentos significativos na comunidade: foram cerca de 10 milhões de reais para projetos ambientais e sociais, capacitação profissional, reforma de espaços públicos, dentre outras ações.

Usina solar Megawatt Solar da Eletrosul

A usina solar da Eletrosul foi construída sobre o prédio administrativo da empresa e sobre as vagas de estacionamento, proporcionando sombra para os carros, o chamado Carport Solar.

Possui uma potência instalada de 1 MW (igual à da usina de Tauá), porém se destaca pelo fato de ser a primeira desse tamanho no Brasil a ser construída integrada a um edifício.

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Usina solar do estádio Mineirão (BH)

É atualmente a maior usina solar fotovoltaica construída em um estádio de futebol no Brasil. São mais de 6.000 painéis solares, totalizando uma potência de 1420 kWp (1.42 WMp).

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Usina solar: vantagens e desvantagens

Como vantagens da usina solar, podemos destacar o baixo custo da tecnologia, a longa vida útil dos painéis, a sustentabilidade de sua energia limpa, o baixo impacto ambiental na construção dos projetos e o grande potencial de aplicação da tecnologia em quase todo o Brasil. Entre as desvantagens, estão a intermitência da fonte solar e a baixa eficiência das usinas em comparação a outras tecnologias.

Vantagens da usina solar

A principal vantagem da utilização de usinas solares é o fato de que elas produzem energia totalmente renovável e limpa, mas existem muitos outros benefícios, desde ajudar o planeta a se tornar mais sustentável até auxiliar na diminuição de custos com a conta de luz.

Não emitem gases poluentes

Ao contrário das termoelétricas, movidas pela queima de combustíveis fósseis (diesel e carvão), as usinas solares não emitem quaisquer gases poluentes na atmosfera.

A transformação da luz do sol em eletricidade em uma usina solar é feita com base no chamado efeito fotovoltaico, processo que envolve a emissão de elétrons das células solares em contato com os fótons de luz.

O resultado é uma energia 100% limpa, gerada a partir de uma fonte renovável e praticamente infinita.

Baixo impacto ambiental dos projetos

Além de não emitir CO2 na geração de energia, uma usina fotovoltaica também causa menos impactos ambientais na sua construção do que uma hidrelétrica ou um parque eólico.

Embora tenham grande extensão, os projetos solares podem ser alocados com facilidade devido à grande disponibilidade de sol e instalados em regiões desérticas com quase nenhuma vegetação.

Ao contrário de hidrelétricas, que precisam ser construídas em determinadas regiões e provocam grandes impactos na fauna e flora locais devido ao represamento das águas do rio.

Enquanto as hélices de aerogeradores trazem poluição sonora e podem causar a morte de pássaros da região, os painéis fotovoltaicos não emitem qualquer ruído e permanecem imóveis.

Vida útil longa (mais de 25 anos)

Assim como os sistemas fotovoltaicos instalados em casas, estabelecimentos comerciais e indústrias, as usinas solares de geração centralizada também possuem uma longa durabilidade, com mais de 25 anos de vida útil dos painéis solares.

Baixo custo da tecnologia

Segundo os dados da Agência Internacional de Energia (IEA), os painéis fotovoltaicos já produzem a energia mais barata do planeta desde 2020.

A ampla disponibilidade de sol em todo o mundo permitiu que os painéis se popularizaram, o que, por sua vez, levou ao desenvolvimento da tecnologia e à queda dos seus custos.

No Brasil, os preços da fotovoltaica seguem batendo recordes mínimos nos leilões de energia do governo e atraindo a maioria dos projetos contratados.

Para nós consumidores, isso significa menos gastos na geração elétrica do país e energia mais barata (ou menos cara) na conta de luz.

A queda nos custos da tecnologia também ajudou os consumidores que buscam gerar a própria energia. Os equipamentos mais baratos e as linhas de financiamento de energia solar  tornaram o sistemas fotovoltaicos mais acessíveis para grande parte da população.

Grande potencial para aplicação

O sol é a fonte renovável mais abundante que temos em todo o planeta.

Especialmente no Brasil, país localizado próximo à Linha do Equador e com algumas das médias anuais de radiação solar mais elevadas do mundo.

O potencial da geração solar no Brasil é gigantesco, muito melhor que o de países como a Alemanha, que já possui uma capacidade fotovoltaica instalada acima de 54 GW, segundo os dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena).

Desvantagens da usina solar

Embora sua operação seja muito importante para a produção de energia limpa e renovável, a usina solar também possui suas desvantagens.

A usina fotovoltaica realiza a captação de energia luminosa, entretanto alguns fatores podem prejudicar a sua operação.

Intermitência da geração solar

Painéis fotovoltaicos não precisam de nada além de sol para produzir energia elétrica.

Infelizmente, nesse caso, ela não está disponível a todo momento, sem contar alguns fatores que atrapalham a sua captação, como nuvens e chuva.

Hoje, um dos maiores desafios da tecnologia fotovoltaica é encontrar formas de contornar essa intermitência de luz do sol, entre as maiores apostas, estão as bateria solar.

Baixa produção elétrica

Quando comparada a outras tecnologias, como a termoelétrica e a hidrelétrica, uma central fotovoltaica produz pouca quantidade de energia por projeto instalado.

O Parque Solar São Gonçalo, no Piauí, é o maior da América Latina e, quando pronto, terá capacidade de 856 MW. Por sua vez, a usina hidrelétrica de Itaipu possui capacidade instalada de 14 GW.

A usina termelétrica Porto de Sergipe I, que entrou em operação em março de 2020, em Barra dos Coqueiros (SE), possui capacidade de geração de 1.551 MW e é considerada a maior planta movida a gás natural na América Latina.

Quanto custa uma usina solar?

Uma usina solar com capacidade de 1 MW custa, aproximadamente, de R$ 4 a R$ 5 milhões. No entanto, alguns aspectos, como área de instalação, potência instalada e fatores climáticos, podem variar o valor de aquisição.

Ainda assim, uma das principais vantagens de uma central fotovoltaica concentra-se em sua longa vida útil de mais de 25 anos.

Por isso, mesmo com o custo inicial elevado, o projeto tem o retorno do seu investimento garantido em poucos anos de operação.

Mais uma razão para que o investimento seja rentável está nos altos índices de irradiação solar do Brasil, que permitem um ótimo desempenho do sistema em quase todas as regiões do país.

Além disso, com a escassez das chuvas e a seca nos reservatórios das usinas de energia hidrelétrica, as usinas solares têm um papel cada vez mais valioso para a geração de energia do Brasil.

Qual a maior usina solar do mundo?

O Parque Solar Bhadla é a maior usina solar fotovoltaica do mundo. Localizada no deserto do Thar, estado de Rajastão, na Índia, o complexo ocupa 57 mil hectares e tem uma capacidade instalada total de 2,24 GW. O parque solar foi desenvolvido em quatro fases desde 2015 e contribui para as metas de geração renovável da Índia, ajudando a reduzir 4 milhões de toneladas de emissões de gases do efeito estufa por ano.

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Usina solar Panda na China

Um projeto inusitado pode ser encontrado na China, onde foi construída uma usina fotovoltaica em formato de panda, animal símbolo do país.

A instalação possui uma capacidade instalada de 100 MW e ocupa uma área de 250 hectares na cidade de Datong, província de Shanxi, no norte do país.

Para criar o efeito visual das cores do animal, a empresa usou módulos de silício monocristalino mais escuro e células de filme fino mais claras.

Com um custo de aproximadamente US$ 54,4 milhões, a usina irá prover 3.2 bilhões de KWh de energia limpa ao longo de 25 anos e prevenir a emissão de cerca de 2.74 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

Usina solar da Disney

A primeira usina emblemática do mundo está localizada no Walt Disney World Resort, na Flórida, Estados Unidos.

Construída no formato da cabeça do mais clássico personagem da marca, a usina ocupa um terreno de 108 hectares e tem capacidade de geração de 50 megawatts (MW), suficientes para abastecer 10 mil residências por ano.

Confira o projeto:https://www.youtube.com/embed/YxdqSA-jXMI

Qual o papel das usinas solares para evitar a crise de energia?

Atualmente, a energia solar é a melhor solução para evitarmos um colapso total na matriz energética brasileira.

A única forma de adicionarmos usinas de produção de energia no país em tempo hábil para evitar uma crise pior que a de 2001 é instalando usinas de energia solar e sistemas fotovoltaicos.

As usinas de energia solar são fáceis e rápidas de serem construídas. Os painéis vêm todos prontos e basta conectar uns aos outros.

As estruturas de fixação são pré-fabricadas, e os inversores específicos para as usinas de energia solar já vêm prontos dentro de containers, bastando colocá-los no lugar correto e fazer a configuração.

Ou seja, muito mais fácil que construir uma usina hidrelétrica ou um parque eólico.

“O principal benefício da energia solar não é construir grandes usinas, mas, sim, instalar sistemas fotovoltaicos para a autoprodução de energia! Para que construir grandes usinas de energia solar em lugares remotos, construir linhas de transmissão e, em alguns casos, até desmatar se você pode usar o telhado de sua casa ou empresa para produzir a sua própria energia elétrica com a luz do sol!?”

Fonte: Portal Solar

O Ceará continua recebendo investimentos em energias renováveis. A chinesa CGN vai construir, em Russas, no Vale do Jaguaribe, o Complexo Solar Fotovoltaico Lagoinha, que contará com um investimento de R$ 650 milhões.

O projeto ocupará uma área de 304 hectares e terá capacidade instalada de 165 megawatts. A expectativa é que o empreendimento gere, durante as obras, 700 empregos diretos e indiretos. 

A cerimônia de lançamento e abertura das obras aconteceu nesta sexta-feira (15), na sede da CGN Brasil, em São Paulo. O prefeito da cidade, Sávio Gurgel, e o secretário executivo da Indústria da Secretaria de Desenvolvimento do Estado (SDE), Joaquim Rolim, estiveram na solenidade.

“Há décadas Russas não recebe um empreendimento tão grandioso como este, que vai gerar centenas de empregos, movimentando de forma significativa a economia local. Como prefeito de Russas, me sinto honrado em fazer parte deste momento histórico que vai colocar nosso município como um dos maiores produtores de energia solar do Ceará”, afirmou o prefeito.

Fonte: Diário do Norte

Aexpansão da capacidade instalada da matriz elétrica foi de 7 Gigawatts (GW) entre janeiro e agosto de 2023. Desse total, 6,2 GW têm origem nas fontes solar e eólica. Na série histórica, este ano apresentou o maior aumento da geração solar e o segundo maior incremento na energia eólica. As fontes renováveis compreendem 83,79% de toda a matriz elétrica do Brasil, uma referência internacional em energia limpa.

A fonte solar teve acréscimo de 3 Gigawatts à matriz energética brasileira, enquanto os ventos foram responsáveis por um aumento de 3,2 GW ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vê o país como exemplo de energia sustentável.

“O Brasil tem mais de 80% da matriz energética limpa e renovável. Somos capazes de liderar a transição energética em âmbito internacional. Vamos continuar investindo em fontes de energia sustentáveis, para exercer esse protagonismo e mostrar para o mundo do que somos capazes”, afirma.

Entre janeiro e setembro de 2023, houve o maior incremento da capacidade de geração solar centralizada da história no Brasil. Em 2022, por exemplo, o acréscimo no ano todo foi de 2,5 Gigawatts, inferior aos 3 GW já instalados entre janeiro e setembro de 2023.

E todo esse acréscimo ainda não considera a micro e minigeração distribuída, que são as placas solares instaladas nas residências, comércios, fábricas ou pequenas plantas conectadas diretamente na rede das concessionárias de distribuição.

Do total da capacidade acrescentada em 2023, 89,9% vieram de eólicas (46%) e fotovoltaicas (43,9%). A meta de expansão de geração para o setor elétrico é de 10,3 GW para 2023.

Considerando somente a geração fotovoltaica centralizada, ou seja, aquela oriunda de grandes parques solares, já são 18 mil usinas solares instaladas em território nacional, capazes de produzir uma potência de 10,3 Gigawatts . O SIN registra a presença de 954 usinas eólicas, que representam 10,3 GW em valores nominais.

O potencial hidráulico do país também é amplamente conhecido. As 1.351 usinas hidrelétricas atualmente representam 56,17% da capacidade, com uma potência de 109,8 GW . Além disso, a biomassa é uma das fontes utilizadas pelo Brasil e responde por 16,7 GW , em 634 plantas.

Investimentos

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá R$ 73,1 bilhões de investimentos em projetos de geração de energia, sendo R$ 64,8 bilhões destinados às fontes renováveis de energia. As usinas de energia fotovoltaicas responderão por 8,5 Gigawatts, mais da metade da geração de energia prevista pelo novo PAC. O valor de investimento previsto para essa modalidade é de R$ 41,5 bilhões. A geração de energia eólica receberá R$ 22 bilhões, com 120 projetos. Os ventos serão responsáveis por acrescentar 5,2 GW ao sistema elétrico. Estão confirmadas novas 20 pequenas centrais hidrelétricas a um custo de R$ 1,3 bilhão.

INFOGRAFICOEXPANSAOENERGIALIMPA

O Grupo Prysmian forneceu mais de 11 mil km de cabos para a construção do Complexo Solar de Janaúba no norte de Minas Gerais. O escopo de fornecimento envolveu tanto cabos de energia quanto de telecomunicações. Foram utilizados cabos de média e baixa tensão para conexão dos painéis, além de cabos ópticos para transmissão de dados e monitoramento.

Inaugurado no início de julho após R$ 4 bilhões em investimentos, o complexo formado por 20 parques solares já nasce como o maior em operação no Brasil e um dos maiores da América Latina. Para se ter uma ideia da magnitude desse projeto, os 2,2 milhões de módulos solares ocupam uma área superior a 3 mil hectares, o que é equivalente a 4,3 mil campos de futebol.

Leia mais: Minas inaugura maior parque de energia solar do Brasil, em Janaúba, no Norte do Estado

Segundo a Elera Renováveis, responsável pelo empreendimento, a usina tem capacidade instalada de 1,2 GWp, energia suficiente para abastecer 1,8 milhão de residenciais. Foram gerados cerca de 11 mil empregos, diretos e indiretos, durante a fase de construção, sendo que 70% eram da própria região. Estima-se, também, que a operação de Janaúba reduzirá a emissão de 4,3 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

Além de Janaúba, recentemente, a empresa também forneceu cabos para os principais projetos de energia renovável no Brasil, como as usinas de energia solar São Gonçalo (Enel Green Power), Futura (Focus Energia), Sol do Cerrado (Vale) e as eólicas Lagoa dos Ventos (Enel Green Power), Oitis (Neoenergia) e Ventos de São Vitor (Essentia Energia).

“Além de desenvolver produtos cada vez mais sustentáveis e buscar a descarbonização da nossa cadeia de valor, o Grupo Prysmian está totalmente comprometido em ser um facilitador da transição energética. Ser capaz de atender localmente projetos gigantescos como esse de Janaúba, sem recorrer a importações ou homologações no exterior, é uma pequena amostra desse comprometimento”, afirmou a líder da unidade de negócios industriais do Grupo Prysmian, Sabrina Escabora.

“Já fornecemos mais de 50 mil km de cabos de média e baixa tensão somente para projetos de energia renovável desde 2020, mas sabemos que essa quantia será ainda maior à medida que novos empreendimentos surgem”, completou a executiva.

Fonte: Canal Solar

TIPOS E CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• O tipo de solo direciona decisões importantes sobre materiais, elementos e sistemas construtivos mais adequados para uma obra. Afinal, a fundação transfere a carga de toda a obra para o terreno, portanto, saber como o solo se comporta ao receber a pressão do peso da edificação é crucial para entender o melhor dimensionamento e materiais a serem utilizados nas fundações. O trabalho de análise do solo procura entender o substrato para aplicar esse entendimento em segurança e estabilidade para os empreendimentos.

• Os tipos de solo mais comuns são os arenosos, os argilosos, os siltosos e os orgânicos, sendo que no primeiro há predominância da areia, no segundo argila, no terceiro silte e no quarto coloração escura com material orgânico (organismos vivos da natureza).

• Solo Arenoso

As principais características desse tipo de solo são:

• Consistência granulosa (grãos grossos, médios e finos);

• Alta porosidade e permeabilidade;

• Pouca umidade;

• Seca rapidamente;

• Pobre em nutrientes e água;

• Deficiência em cálcio;

• pH ácido e baixo teor de matéria orgânica;

• Presença de grandes poros (macroporos) entre os grãos de areia;

• Dificulta a sobrevivência de plantas e organismos; • Altamente suscetíveis à erosão.

• Solo Siltoso

As principais características desse tipo de solo são:

• Permeável a líquidos;
• Seca e umedece rapidamente;
• Menos resistentes à erosão;
• Forma lama com muita facilidade;
• Baixa coesão.

• Solo Argiloso

As principais características desse tipo de solo são:

• Grãos pequenos (microporos) e compactos;
• Impermeável a líquidos;
• Grande retenção de água;
• Alta impermeabilidade;
• Grande concentração de nutrientes;
• Pouca acidez;
• Propício para o cultivo e atividade agrícola;
• Mais resistentes à erosão.

• Solo Orgânico


As principais características desse tipo de solo são: • Grande retenção de água;
• Alta permeabilidade;
• Grande concentração de nutrientes;
• Propício para o cultivo e atividade agrícola;
• Baixa capacidade de compactação;
• Baixa resistência a pressão e cargas.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

1. Realizar análise do perfil geotécnico do solo por meio de sondagem, preferencialmente tipo SPT, visando identificação do tipo e qualidade do solo, para dimensionamento da sua capacidade de carga e verificação se há presença de água no terreno (lençol freático);

2. Fazer uma análise visual, se necessário, realizar um levantamento topográfico para verificação das declividades e delimitações precisas do terreno a ser utilizado. Recomenda-se buscar terrenos planos para evitar serviços de terraplenagem que onerem nos custos de instalação;

3. Fazer a limpeza do terreno, retirada de vegetação e de preferência efetuar a remoção da camada orgânica antes de executar a fundação, quando existir;

4. Fazer um estudo hidrológico da área visando prever possíveis alagamentos ou pontos de acúmulo de água em épocas do ano devido a cota do terreno ou por proximidade de lago, riacho, rio, mar, entre outros;

5. Em caso de solo que recebeu aterro, verificar se o aterro foi de boa qualidade e se houve compactação e controle tecnológico da mesma;

6. Prever demarcação da área de implantação da usina com execução de cercamento para garantir a segurança e delimitação da área da usina;

7. Por fim, quando escolher o terreno, observar com será o acesso a usina de solo, visando uma melhor logística para o transporte de pessoas e insumos para instalação e manutenção da mesma com ajustes se necessários para sua melhor viabilização;

TOPOGRAFIA, HIDROLOGIA E DRENAGEM DO TERRENO

Com relação a topografia, existem três tipos de terreno, o terreno plano, o terreno em aclive (inclinado acima do nível da rua/estrada/via) e o terreno em declive (inclinado abaixo do nível da rua/estrada/via);

Em terreno inclinados, de acordo com tipo do terreno, recomenda-se manter-se a permeabilidade do solo natural por meio de grama ou com brita, que também contribui para melhor apresentação estética da usina fotovoltaica;

A topografia é um levantamento que traz a descrição exata do local. Junto das análise de engenharia ambiental e regularização fundiária serão as ferramentas para a escolha de um local apropriado para o desenvolvimento de um projeto;

Georeferenciamento do imóvel (Lei 10.267/01) – Georeferenciamento é um memorial descritivo da área rural, assinado por profissional habilitado. O gereoreferenciamento contém as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georeferenciadas pelo Sistema Geodésico Brasileiro e com a precisão posicional a ser fixada pelo INCRA. O Memorial descritivo será certificado pelo INCRA, o qual atestará a inexistência de outra área sobreposta ao imóvel rural analisado onde será implantado a usina solar;

TOPOGRAFIA, HIDROLOGIA E DRENAGEM DO TERRENO

Levantamento Altimétrico – O Levantamento Altimétrico é o estudo responsável por medir as diferenças de nível de um mesmo território através de equipamentos de alta precisão de forma que se conheçam todas as irregularidades do relevo do local. A partir das análises básicas para se ter uma referência clara dos limites e altimetria do terreno podemos iniciar os estudos direcionados ao projeto;

A declividade é a inclinação da superfície do terreno em relação ao plano horizontal;

O manual de montagem da SSM para a estrutura solo monoposte recomenda a declividade máxima de 5° no sentido leste-oeste;

A partir dessa informação você sabe que se o seu terreno tiver declividade acima de 5° serão necessárias obras de movimentação de terra como cortes e aterros no seu projeto.

Ainda há carência de normas técnicas e diretrizes nacionais que tratem do tema, mas há bibliografias técnico-científicas que apresentam boas práticas de projeto e cuidados com o solo na implantação de plantas solares. De modo geral e em caráter orientativo, apresentam-se aqui algumas práticas recomendadas, considerando-se aspectos diretamente relacionados ao sistema de drenagem do empreendimento:

1. Compactação do solo superficial: o processo construtivo das plantas solares envolve a compactação do solo e, em consequência, o aumento das taxas de escoamento superficial e a redução da erosividade do solo. Há casos onde se opta pelo uso de placas sintéticas, de material não permeável, nas áreas de sombra, combinado com canaletas de drenagem, para melhorar o escoamento e impedir a formação de sulcos erosivos.

2. Camadas superficiais de solo: a movimentação intensa no terreno na fase construtiva pode levar à remoção das camadas superficiais mais férteis do solo. Como consequência direta deste fato, devem ser adotadas técnicas de contenção de erosão (canaletas de drenagem, por exemplo) e aplicação de técnicas de cultivo, tais como hidrossemeadura e irrigação constante, para garantir que novas camadas de grama sejam formadas entre as placas solares.

3. Escoamento superficial: imediatamente após a construção das plantas solares e até que seja revegetada a área de implantação das mesmas, faz-se necessário o controle do excesso de escoamento superficial com a utilização de bacias de retenção localizadas ao final das linhas de placas solares, de modo a reduzir o pico das vazões de cheia e carreamento de material proporcionado pelo incremento na geração de escoamento superficial.

TOPOGRAFIA, HIDROLOGIA E DRENAGEM DO TERRENO

4. Turbidez das águas: o escoamento superficial gerado pode ser importante agente poluidor de cursos d’água próximos aos empreendimentos. Desta forma, é importante prever uma estrutura de monitoramento da qualidade do efluente pluvial gerado pela planta solar antes de direcioná-lo ao sistema de drenagem.

5. Acompanhamento periódico: recomenda-se ter uma equipe dedicada a verificar as condições das camadas vegetais, dos taludes, acessos, e estruturas de drenagem realizando ações de recuperação tão logo os primeiros sinais de erosão surgirem.

6. Tratamento de processos erosivos: para os processos erosivos, faz-se necessária a adoção de técnicas corretivas tais como: disciplinamento das águas pluviais e de lavagem, visando reduzir a velocidade do escoamento e o efeito danoso da concentração dos fluxos de água em solo e tratamento do terreno com cimento ou aditivos que visem aumento da coesão, com consequente incremento da resistência das camadas superficiais, possibilitando a revegetação das áreas afetadas.

Projeto e execução de fundações

Não se começa uma construção pelo telhado, e sim pelo alicerce. Esse famoso ditado é usado sempre que alguém pensa em pular etapas em qualquer processo, principalmente de negócios. Como ele se aplica bem a praticamente qualquer área, não poderia ser ignorado no setor mais óbvio: a construção civil.

A fundação é uma das partes mais importantes de qualquer edificação. Errar nessa etapa pode condenar toda a construção ou, no mínimo, causar problemas de manutenção para as próximas décadas.

Como existem normas para todas as atividades relacionadas à construção, as instruções técnicas que regem o alicerce de uma obra estão na NBR 6122.

A NBR 6122 regula o projeto e a execução da fundação de todas as estruturas de engenharia civil. Isso quer dizer que tanto obras pequenas quanto grandes, residenciais ou comerciais, precisam aplicar a norma. A revisão que adotamos é a última de 2019.

Principais problemas com fundação

Fundação, resumidamente, é todo elemento que transmite os esforços da estrutura para o solo, como, baldrames, sapatas, estacas, radiers ou tubulões.

São vários os motivos pelos quais as fundações apresentam problemas ou desempenho insuficiente, mas na maioria dos casos são três: 1. Acidentes, 2. Erro de projeto ou 3. Erro de execução. Segue as principais origens:

  • Vazamento de águas, servidas ou não, que afetam solos compactáveis nessas condições, sendo que a fundação é arrastada (normalmente solo arenoso);
  • Rebaixamento de lençol freático, na área próxima das fundações;
  • Vibrações causadas por máquinas, equipamentos ou trânsito pesado;
  • Existência de plantas/raízes que podem afetar o solo ao redor das fundações;
  • Recalque provocando desnivelamento, trincas ou até tombamento;
  • Erros nas informações de parâmetros do projeto;
  • Subdimensionamento (menor que o recomendado) das fundações;
  • Ausência de sondagem do terreno;
  • Erros de execução;
  • Bicheiras ou falhas no concreto oriundo da má execução das fundações.

SONDAGEM À PERCUSSÃO – SPT

• Regida pela norma ABNT NBR 6484, a sondagem à percussão com ensaio (SPT – Standard Penetration Test) é a alternativa mais utilizada para investigação de solos no Brasil.

  • Nesse tipo de sondagem, enterra-se um amostrador padrão no terreno, com o uso de martelo. Para cada metro de profundidade que o equipamento atinge, informa-se qual é a resistência da camada de subsolo
  • Caso pedaços de rochas sejam encontrados, torna-se necessário realizar a sondagem rotativa. Nesse tipo de sondagem, utiliza-se uma coroa de diamante na ponta da tubulação para perfurar as pedras e permitir a passagem dos equipamentos.

• A sondagem a percussão é um método de investigação e reconhecimento do solo que fornece informações sobre a compacidade a consistência das suas camadas constituintes do mesmo. Ela permite identificar a capacidade de carga suportada pelo solo e esse fator é utilizado pelos engenheiros no dimensionamento da fundação da construção.

• Além desses parâmetros, existem outras informações que a sondagem à percussão fornece:

– nível do lençol freático; – mineralogia;
– tipo de rocha.

• Com todas estas informações, é possível definir com mais precisão o tipo de fundação que será empregada em um determinado terreno, bem como definir se é necessário outros tipos de estudo geotécnicos mais aprofundados

rincipal recomendação de fundação para UFV ́s de solo pela SSM

Considerando-se o perfil geológico local e as cargas atuantes nas fundações, comumente adotamos uma fundação direta (rasa) tipo estaca escavada em concreto simples (sem armadura) sendo o pilar da estrutura concretado dentro da fundação para ligação como solução para as estruturas metálicas que fornecemos. Apesar da NBR 6122:2019 orientar que: estaca é considerada uma fundação profunda perfurada com trado, preenchida com concreto, com profundidade mínima de 3,0m, utilizada para pequenas construções, com cargas limitadas a 100 kN. Todavia, o processo executivo de estaca escavada combina baixo custo, praticidade e segurança para estrutura, se bem dimensionada e executada, além da flexibilidade possibilitando uso até de trados manuais com diâmetros pequenos, sem armadura e profundidade de fundação rasa. Nossas considerações de praxe quanto a profundidade e cota de apoio da base como rasa justifica-se devido tratar-se de estrutura relativamente leve onde a concentração de cargas é baixa (média de 15kg/m2 para os painéis e um conjunto completo que não chega 0,5tf/m) tendo a ação do vento é um dos fatores mais relevantes, nestes termos a NBR 6122:2019 admite ainda que: a cota de apoio de uma fundação deve ser tal que assegure que a capacidade de suporte do solo de apoio não seja influenciada pelas variações sazonais de clima ou por alterações de umidade.

Execução de estaca escavada tipo broca com trado manual

A estaca broca é uma das fundações profundas mais utilizadas em obras brasileiras de pequeno porte, principalmente pela sua facilidade de execução, que não exige mão-de-obra especializada, nem maquinário. É uma estaca escavada manualmente, em que a escavação é realizada através de trado concha ou cavadeira para cargas máximas entre 6 e 8tf. Consiste normalmente em uma fundação de concreto simples, ou seja, a armadura é apenas de ligação entre o bloco e a estaca, mas isso não impede que a estaca possa ser armada para resistir a momentos fletores, esforços horizontais e de tração, desde que o cálculo estrutural e geotécnico seja compatível. O diâmetro desta estaca é normalmente de 30cm. Não recomenda-se diminuir por questões de controle de concretagem.

Processo executivo de trado manual

Os procedimentos executivos deverão atender expressamente as normativas preconizadas pela norma ABNT NBR 6122:2019. A execução da estaca, será precedida da locação através do indicado no projeto / layout. A execução desta solução é relativamente simples, sendo o trado manual o único equipamento necessário, além das ferramentas comuns para qualquer obra. O procedimento está descrito abaixo:

1 – Escavação manual da estaca no diâmetro de 30cm até profundidade do projeto (normalmente de 1 a 2m);
2 – Apiloamento do fundo da estaca;
3 – Colocação da armadura de ligação (perfil metálico) da estrutura na profundidade de 60cm;

4 – Recomenda-se a colocação da forma quadrada acima do solo;
5 – Concretagem da estaca e base quadrada de uma única vez com traço de concreto 25MPa.

Execução de estaca escavada tipo broca com trado mecânico

A estaca escavada do tipo trado consiste em estacas cuja metodologia executiva não inclui a utilização de fluidos de estabilização ou lama bentonítica. Esse é um tipo de fundação que transmite a carga da edificação ao terreno por meio da resistência de ponta — realizada pela base ou por meio da resistência de fuste, pela superfície lateral ou por meio da combinação de ambas as resistências. São estacas moldadas in loco, por meio da concretagem de um furo executado por trado espiral mecânico, que são empregadas onde o perfil do subsolo tem características tais que o furo se mantenha estável. A profundidade é limitada à ausência de água durante todo o processo executivo, da perfuração à concretagem.

Processo executivo de trado mecânico

Os procedimentos executivos deverão atender expressamente as normativas preconizadas pela norma ABNT NBR 6122:2019. A execução da estaca, será precedida da locação através do indicado no projeto / layout. O procedimento está descrito e ilustrado abaixo:

1 – A perfuração é a primeira etapa, e deve ser feita até a profundidade especificada em projeto, por meio do trado curto acoplado a uma haste. Entretanto, é essencial a confirmação das características do solo por meio visual;

2 – Apiloamento do fundo da estaca;
3 – Colocação da armadura de ligação (perfil metálico) da estrutura; 4 – Recomenda-se a colocação da forma quadrada acima do solo;
5 – Concretagem da estaca e base quadrada de uma única vez com traço de concreto 25MPa.

Ensaio Pull-Out test

O ensaio de Pull-Out é o principal ensaio aplicado a plantas de energia solar pois simula a cravação do perfil metálico no local onde será implantado o projeto e em sequência a remoção através de esforços verticais e horizontais simulando cargas de vento em situações críticas.
Durante todo o ensaio são apropriadas as relações de medidas de deslocamento com relação a força aplicada. O resultado desse ensaio é utilizado para a definição do projeto de estrutura metálica da usina.
Também serão levados em consideração as características topográficas da região, velocidade do vento e a influência de vizinhanças próximo a obra que podem influenciar na carga de vento (NBR 6123) sobre a usina de forma a minimizar os riscos do projeto.

Observações

  • – Deve ser feito uma base de concreto no diâmetro da estaca com travamento no eixo para fixação do pilar (perfil metálico);
  • – Analisar e seguir o datasheet com distanciamento de pilares e disposição dos perfis, seguindo layout solicitado para

marcação/locação dos pilares;

  • – Deve-se atentar para o alinhamento dos pilares por meio de linha e não esquecer de aprumar os pilares para evitar tensões

nos pontos de esforço da estrutura;

  • – A concretagem deve ser feita no mesmo dia da perfuração tanto da estaca quanto da base de concreto;
  • – Em fundações com profundidades menores e soles mais coesos, pode ser utilizado uma cavadeira articulada, cavadeira de

mola, ou trado perfurador mecânico;

  • – Posicionar os pilares conforme orientação do Perfil C com abertura para leste. Posteriormente fazer a concretagem

seguindo as especificações do projeto de fundação;

  • – Os concretos destinados à fundação devem seguir a condição A de preparo estabelecida na ABNT NBR 12655. A mistura

realizada em central de concreto ou em caminhão-betoneira deve seguir o disposto na ABNT NBR 7212. Os materiais utilizados na fabricação do concreto, como cimento Portland, agregados, água (gelo) e aditivos, devem obedecer às respectivas Normas Brasileiras específicas.

  • – Recomenda-se realizar a impressão de toda documentação técnica (projeto de fundação, datasheet, manual de montagem, layout, detalhes e demais documentos) e deixa-los disponibilizados para leitura e acompanhamento pela equipe de campo;
  • – Recomenda-se realizar o controle tecnológico e de aceitação do concreto por meio de controle de resistência à compressão em corpos de prova moldados conforme a ABNT NBR 5738 e ensaiados conforme a ABNT NBR 5739;
  • – A amostragem e o controle estatístico para aceitação do concreto dever ser realizado de acordo com a ABNT NBR 12655;
  • – Deve ser preenchido o boletim de controle de execução diariamente para cada estaca com todas as informações pertinentes;
  • – Deverá ser previsto um adequando sistema de drenagem superficial, evitando-se assim, a saturação do subsolo local, devido

a infiltração de águas de chuva, fissuras em reservatórios enterrados, ascensão de lençol freático, ou até mesmo devido às rupturas de tubulações.

Fonte: Solar TV

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Imagens fonte: https://www.solar.tv.br/solartv_ssm_estudos_de_solo.html

As usinas de energia solar surgiram como uma solução de energia viável e sustentável no mundo de hoje. À medida que a demanda por energia renovável aumenta, a construção de usinas de energia solar se torna mais prevalente. Um aspecto crítico da construção dessas plantas é a utilização de bate-estacas. Neste post, exploraremos o papel dos bate-estacas na construção de usinas de energia solar e entenderemos sua importância no processo de instalação.

O que é uma Usina Solar?

A usina de energia solar é uma instalação de grande escala que aproveita a luz solar e a converte em eletricidade. Essas usinas são compostas por inúmeros painéis solares, dispostos estrategicamente para maximizar a captação de energia solar. As usinas de energia solar são ecologicamente corretas, gerando eletricidade sem emissões de gases de efeito estufa ou poluição do ar.

A importância dos bate-estacas na construção de usinas de energia solar

Os bate-estacas desempenham um papel crucial na construção de usinas de energia solar. Estas poderosas máquinas são responsáveis ​​pela cravação de estacas, que são longas estruturas cilíndricas de aço ou concreto, no solo. As estacas servem como base para suportar vários componentes de uma usina de energia solar, como painéis solares, sistemas de montagem e equipamentos.

Preparação da Fundação

Antes da instalação dos painéis solares, o local deve passar por uma extensa preparação. Os bate-estacas são usados ​​para cravar estacas profundamente no solo, garantindo uma fundação estável. A seleção do tipo de estaca depende de vários fatores, incluindo condições do solo, requisitos de suporte de carga e considerações ambientais.

Instalação de estruturas de montagem

As estruturas de montagem mantêm os painéis solares no lugar e fornecem o suporte necessário. Os bate-estacas auxiliam na ancoragem segura dessas estruturas de montagem às estacas. As máquinas cravam as estacas verticalmente no solo, criando uma base estável que pode suportar fatores ambientais, como cargas de vento e movimentação do solo.

Instalação do Painel

Na instalação de parques fotovoltaicos, é necessário cravar uma alta quantidade de estacas, dando atenção especialmente para prumo e altura final para a posterior montagem dos paineis.

O equipamento é altamente eficiente para cravar ambos tipos de estacas e perfis, para paineis solares em parque fotovoltaico.

Uma vez que as estruturas de montagem estão no lugar, os painéis solares são instalados nelas. Esses painéis são cuidadosamente dispostos para otimizar a exposição à luz solar e maximizar a produção de energia. Os bate-estacas contribuem indiretamente para a operação eficiente de usinas de energia solar, garantindo a estabilidade e durabilidade de todo o sistema.

O Portal Eng. Solar trabalha com diferentes tipos de cravação, e elas podem ser: cravação direta; micropilotes; ou predrilling. A cravação direta, por exemplo, é um tipo de fundação na qual é utilizada uma máquinas bate-estacas de cravação (Pile Driver Machine). Nesse método a estaca metálica é cravada diretamente ao solo através de golpes consecutivos até atingir a profundidade de projeto.

Manutenção e atualizações

As usinas de energia solar requerem manutenção regular e atualizações ocasionais para garantir o desempenho ideal. Os bate-estacas facilitam a substituição ou adição de equipamentos e componentes conforme necessário. O uso de bate-estacas permite fácil acesso à fundação e garante o mínimo de interrupção do painel solar durante as atividades de manutenção.

Considerações ambientais

De acordo com a natureza ecológica das usinas de energia solar, os bate-estacas são projetados para minimizar o impacto ambiental. Muitos bate-estacas modernos empregam sistemas hidráulicos que reduzem os níveis de ruído e vibrações durante a operação. Além disso, materiais de pilha alternativos, como aço reciclado ou materiais compostos, podem ser usados ​​para reduzir ainda mais a pegada de carbono.

Conclusão

Os bate-estacas desempenham um papel vital na construção de usinas de energia solar, fornecendo a base e a estabilidade necessárias para a instalação de painéis solares. Essas máquinas potentes cravam as estacas profundamente no solo, garantindo a operação eficiente e confiável da planta. Com sua capacidade de resistir a fatores ambientais e apoiar atividades de manutenção, os bate-estacas contribuem para o sucesso a longo prazo das usinas de energia solar. À medida que o mundo continua a mudar para a energia renovável, o papel dos bate-estacas na construção de usinas de energia solar torna-se cada vez mais importante.

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A cravação de estacas em uma usina fotovoltaica desempenha um papel crucial para o sucesso do empreendimento. Essa técnica consiste em fincar estacas no solo para proporcionar a base sólida e estável necessária para a sustentação dos painéis solares. 

Com a escolha adequada do tipo de estaca e o correto método de cravação, é possível garantir a estabilidade das estruturas mesmo em condições adversas, como ventos fortes ou terrenos de difícil compactação.

O Portal Eng. Solar atua no processo de cravação de estacas em uma usina fotovoltaica requer um estudo detalhado das características do solo no local da instalação. 

Para realização do serviço, são realizados ensaios geotécnicos para determinar a resistência do solo e a profundidade adequada para a cravação das estacas. 

Após esta etapa e com base nesses dados coletados, são selecionados os tipos de estacas mais apropriados, como as metálicas ou pré-moldadas de concreto, bem como os equipamentos ideais para a execução do trabalho.

Além de garantir a estabilidade das estruturas, a correta cravação de estacas em uma usina fotovoltaica também contribui para a eficiência energética do empreendimento. 

Com as estruturas de suporte firmemente fixadas ao solo, é possível manter a inclinação correta dos painéis solares ao longo do tempo, otimizando a captação da luz solar e aumentando a geração de energia limpa e renovável. 

Dessa forma, a cravação de estacas desempenha um papel crucial para o sucesso e a sustentabilidade de usinas fotovoltaicas, impulsionando o avanço da energia solar como fonte primordial de eletricidade.

Instalação de Parques fotovoltaicos

Na instalação de parques fotovoltaicos, é necessário cravar uma alta quantidade de estacas, dando atenção especialmente para prumo e altura final para a posterior montagem dos painéis.

O equipamento é altamente eficiente para cravar ambos tipos de estacas e perfis, para painéis solares em parque fotovoltaico.

O Portal Eng. Solar trabalha com diferentes tipos de cravação, e elas podem ser: cravação direta; micropilotes; ou predrilling. A cravação direta, por exemplo, é um tipo de fundação na qual é utilizada uma máquinas bate-estacas de cravação (Pile Driver Machine). Nesse método a estaca metálica é cravada diretamente ao solo através de golpes consecutivos até atingir a profundidade de projeto.

Os investimentos em geração própria de energia solar nas propriedades rurais já somam R$ 15,5 bilhões no Brasil, com quase 170 mil sistemas fotovoltaicos instalados em todos os estados do país. 

É o aponta um mapeamento realizado pelo Meu Financiamento Solar, como base dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). 

De acordo com Carolina Reis, diretora da fintech, um dos grandes pilares de sucesso da energia solar no agronegócio brasileiro está no alto poder de competitividade dos produtos nacionais frente aos demais players mundiais. 

“Como um dos principais insumos da atividade produtiva rural é energia elétrica, o uso de energia solar nas fazendas é atualmente uma das grandes soluções para elevar ainda mais a competitividade, a qualidade e a sustentabilidade do manejo agrícola e pecuário no Brasil”, disse ela.

A profissional pontuou também que o uso da tecnologia no campo resulta em economia, proteção do meio ambiente e mais segurança energética para os produtores, já que os sistemas solares possuem baixos custos de operação e manutenção e representam nova fonte de riqueza ao campo.

Outro ponto relevante citado por Carolina é o fato de a fonte produzir eletricidade para áreas onde a rede elétrica ainda não chegou ou que funciona de forma precária e instável, dependendo muito de geradores à diesel.

“A sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é imensa, com diversas aplicações na produção rural. A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades”, concluiu Carolina.

Fonte: Canal Solar